sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Dia de Alterar Distâncias


Distância tem sido a principal palavra para descrever a minha vida e a vida desta página, nestes últimos meses. Sem acesso a uma televisão com transmissão dos jogos do Sporting, muitas vezes o relato no twitter da conta tem sido feito apenas através de notificações. Estou, portanto, um pouco ausente do que tem sido o Sporting (em todas as modalidades) e a realidade do desporto português. Porém, com muito esforço, tempo aproveitar cada momento para me pôr a par da Liga NOS.

Na semana passada, consegui ver o jogo entre Belenenses e Chaves (ainda consegui ver o Paços de Ferreira - Sporting, diga-se já de passagem) e já deu para ter um pouco a ideia do que podemos esperar.
Como é óbvio, ou devia ser, vamos esperar o mesmo Belenenses que surpreendeu em Alvalade na época passada, já sob orientação de Domingos Paciência. Trata-se de uma equipa que prefere apostar nos contra-ataques a ter a posse de bola.
Diogo Viana e Nuno Tomás foram, claramente, dos melhores jogadores em campo, num jogo resolvido por Matheus Pereira, jogador emprestado, pelo Sporting, ao Desportivo de Chaves. Aliás, Domingos Duarte também foi titular e fez uma boa partida.

Atualmente 9º classificado mas a apenas um ponto do 6º lugar, ocupado pelo Rio Ave, o Belenenses tem sido uma equipa com bastantes altos e baixos. Neste momento, passa pela pior fase negativa, com duas derrotas na Liga e um empate na fase de grupos da Taça da Liga. É uma equipa que raramente marca nas derrotas, por isso, um golo poderá ser já meio caminho para a vitória... ou então não, visto que, desde o empate 0-0 frente ao Tondela a 5 de fevereiro, somou mais 6 empates em todos os jogos oficiais, todos eles por 1-1, incluindo o amigável frente ao Sporting a 7 de julho deste ano.

Mas se o Belenenses vive de momentos, do lado do Sporting podemos falar de um momento positivo, com três vitórias importantíssimas em 3 competições diferentes, garantido a passagem na Taça de Portugal, a garantia da Liga Europa com ainda uma possível passagem na Liga dos Campeões e uma redução de distâncias para o primeiro classificado, o FC Porto.

Primeiro classificado esse que hoje defronta o terceiro classificado, o SL Benfica, logo após o final do jogo do Sporting CP. A conjugação dos dois resultados poderá garantir ao Sporting o encurtamento ou aumento de distâncias para cada um dos adversários ou a 'permanência classificativa' em caso de empate nas duas partidas. Se me perguntarem que resultado prefiro, apenas um que inclua a vitória do Sporting. De resto, tanto faz meus amigos, continuamos a depender apenas de nós.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

O Primeiro Sporting de 2017/18


Com quatro jogos realizados, três com transmissão televisiva e  um à porta fechada frente à equipa B, grande parte do Sporting 17/18 começou a dar os primeiros toques.

Até ao final do mercado, ainda haverá muitas mudanças, nas quais se esperam a saída de William e Adrien, provavelmente, e chegada de outros jogadores, como Acuña. Porém, tentarei deixar algumas notas de todos os jogadores que já jogaram, sejam eles jogadores da casa ou contratações. Para isso, tomarei, apenas, em conta os últimos três jogos (Belenenses, Fenerbahçe e Valência).


Azbe Jug (3 jogos) - Tem mudado um pouco a opinião que tinha sobre ele. Apesar disso, continua sem ter qualidade suficiente para o clube e não deverá jogar este ano, uma vez que Rui Patrício e Beto estarão ainda "à frente" dele.

Pedro Silva (1 jogo) - Não teve momentos para se mostrar frente ao Belenenses. Uma cara conhecida dos sportinguistas e que deve continuar com a sua titularidade na baliza da equipa B.

Paulo Oliveira (2 jogos) - Foi patrão da defesa na ausência de um. Fez um jogo competente frente ao Belenenses onde perdeu mais lentes de contacto que bolas.

Domingos Duarte (1 jogo) - Integra o plantel depois de uma fantástica época ao serviço dos azuis do Restelo. Entrando pouco depois do minuto 70, não teve tempo para mostrar muito serviço frente à sua antiga equipa.

André Pinto (2 jogos) - Tenho dificuldades em avaliar o antigo central do Braga. É um dos jogadores que gostaria de dar uma breve opinião num futuro próximo. Continuo reticente quanto à sua contratação.

Tobias Figueiredo (2 jogos) - Em tempos titular na equipa principal e hoje um jogador banal. A péssima época ao serviço do Nacional não deixou ninguém empolgado pelo seu regresso. Ou muito me engano, ou não ficará no plantel desta época.

Sebastián Coates (2 jogos) - Capitão frente ao Fenerbahçe. Jogou sempre ao lado de Mathieu, dando já uma ideia de como deverá ser a defesa para a próxima época. Pouco a apontar a um jogador que se nota que ainda está em modo pré-época, como é normal. Defensivamente, o tempo trará o Coates da época passada de volta.

Jérémy Mathieu (2 jogos) - Tal como Coates, é difícil dizer que a equipa está bem defensivamente quando sofre em todos os jogos. Mas são problemas que se entendem quando se fala de uma defesa nova. Ofensivamente, parece uma mais valia. Forte no jogo aéreo e com uma velocidade semelhante a Rúben Semedo, sem a mesma energia.

Mama Baldé (1 jogo) - Entrou frente ao Belenenses mas pouco provou. Numa altura em que em campo jogavam quase todos os jogadores da equipa B, não mostrou talento suficiente para ser incluído no plantel desta época.

André Geraldes (2 jogos) - Mantenho a minha opinião de já algum tempo. É bom jogador mas não o suficiente para uma equipa como o Sporting. Fez uma boa época na temporada passada ao serviço do Vitória FC e do Sporting B mas, na minha opinião, só lhe poderá valer uma transferência para um clube que possa lutar pelas competições europeias.

Fábio Coentrão (2 jogos) - Um upgrade claro em relação aos laterais da época passada. Marvin chegou a ter uma boa fase mas não passava disso. Coentrão já provou ter qualidade e estes jogos ajudaram a provar isso, principalmente ofensivamente. Defensivamente, os mesmos problemas apontados em Mathieu.

Jonathan Silva (2 jogos) - Regressa de um empréstimo onde foi campeão na Argentina. Deveria ter sido emprestado para um clube europeu para ganhar mais rotinas de como se joga no nosso continente. A agressividade argentina fez-se sentir logo nos primeiros minutos em campo o que faz com que o risco de expulsão continue a ser possível a qualquer momento, o maior problema quando jogou há três épocas. Já teve oportunidade para ser treinado por Jorge Jesus e acabou emprestado, veremos o que acontece agora, se finalmente se tornará um lateral útil.

Cristiano Piccini (3 jogos) - Era visto como uma versão mais jovem de Schelotto e essa visão manteve-se. Não era o maior apreciador do lateral italiano, digamos assim, e Piccini também não me tem enchido as medidas. A entrega e a velocidade manteve-se mas, infelizmente, a falta de um bom último passe também.

João Palhinha (2 jogos) - Tem entrado bem nos jogos que tem feito. Na minha opinião, continua uma boa alternativa para um titular. Não sabemos é se isso chega...

Radosav Petrovic (2 jogos) - Provavelmente a grande surpresa até ao momento. Não me convenceu na época passada mas, após um empréstimo positivo ao serviço do Rio Ave, tornou-se finalmente um reforço para o plantel. As diferenças com William são mais que muitas mas pode ser um jogador mais ao estilo de Fejsa no Benfica, esperemos que para melhor claro. (Desculpem esta comparação com jogadores rivais, é a única, prometo)

Rodrigo Battaglia (3 jogos) - Não é por falta de minutos que ainda não se conseguiu mostrar. Chegou do Braga depois de uma boa época ao serviço dos bracarenses e do Desportivo de Chaves. Não tem mostrado ser uma alternativa para uma possível saída de Adrien, nem mesmo uma alternativa para o jogador seguinte.

Bruno Fernandes (3 jogos) - Era fã das qualidades do jovem médio português e agora sou ainda mais. Um jogo menos conseguido frente ao Valência não me faz mudar de opinião de que estamos perante um dos melhores reforços para o meio campo.

Ryan Gauld (1 jogo) - Não teve tempo para se apresentar, novamente, aos adeptos. Tenho muito interesse em ver mais do médio escocês.

Francisco Geraldes (2 jogos) - O estranho caso do ano passado ficou ainda mais estranho esta época. Um jogador de talento reconhecido sem muitas oportunidades na época passada depois de regressar de um empréstimo ao Moreirense. Apesar de muito pedido pelos adeptos, o jogador parece não contar para Jorge Jesus. É possível que haja novo empréstimo, tal como um outro jogador a ser falado daqui a pouco.

Mattheus Oliveira (3 jogos) - Deverei ter a opinião contrária de todos os outros sportinguistas. Considero um jogador útil para o plantel que sabe tratar bem a bola. Poderia ser usado a segundo avançado mas essa posição parece já cheia. Penso que deverá ser utilizado como médio centro, principalmente, ou como extremo. É um dos jogadores que vejo a melhorar muito com Jorge Jesus, no futuro. Veremos.

Iuri Medeiros (3 jogos) - E cá está o outro caso de que vos falava. Mais uma vez, não tem realizado uma grande pré-época e, apesar de também ser pedido por muitos adeptos leoninos, acho que se seguirá mais um empréstimo a um clube que nem pela Europa luta.

Jovane Cabral (2 jogos) - Não deverá fazer parte do plantel, jogando na equipa B. Não tem acrescentado muito à equipa quando entra.
Matheus Pereira (2 jogos) - Confesso que ainda não vi muito do Matheus. Se não sair, prevejo outra época com poucos minutos na equipa principal.
Daniel Podence (2 jogos) - Claramente um passo à frente dos outros extremos. Mais um talento vindo da academia que tem recebido muitos elogios dos meios de comunicação estrangeiros. Coloca velocidade e qualidade ao ataque.
Bruno César (2 jogos) - Tem dado pouco aos jogos mas ficará no plantel. Apenas isso.
Alan Ruiz (2 jogos) - Tanto pode dar muito como pode não dar nada ao jogo. Na minha opinião, não tem dado nada. Cria mais picardia que jogo.

Leonardo Ruiz (1 jogo) - Fez o único golo frente ao Belenenses e nunca mais jogou. Não consigo avaliar. Ao menos, já mostrou serviço e já provou que está no Sporting para ser importante para o clube.

Bas Dost (3 jogos) - Não tenho coragem de falar mal do nosso goleador. Agora a sério, nota-se claramente que ainda está a regressar à forma. Tem-se destacado pela força como cria jogo muito melhor que os outros avançados, embora seja algo a que já estejamos habituados.

Gelson Dala (3 jogos) - Teve mais tempo frente ao Belenenses e deu para ver mais um pouco do jovem angolano. Para mim, a melhor escolha para terceiro avançado. Ainda será muito importante esta época, marquem estas palavras.

Seydou Doumbia (2 jogos) - Marcou na estreia frente ao Fenerbahçe. Um claro reforço para o ataque leonino. Chegou por empréstimo mas já mostrou a sua vontade de ficar mais anos de leão ao peito.


Como é óbvio, esta é uma visão muito pessoal podendo ser alvo de crítica, que irei aceitar e ler. Amanhã já há mais um jogo e mais uma oportunidade para melhorar a minha avaliação.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Quiz #1

É hoje introduzida uma nova "ferramenta" à conta.

Ao longo do ano serão feitos pequenos quizzes onde os sportinguistas serão postos à prova e aprenderão mais acerca do clube e dos seus atletas.

Para começar, nada melhor que apresentar os quatro reforços confirmados até hoje: André Pinto, Piccini, Battaglia e Mattheus Oliveira.


Quantos acertaram? Sugestões para os próximos temas?

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Como é suposto reagir?

Se o fim de semana frente ao Belenenses foi difícil de digerir, faltam-me as palavras para explicar o que aconteceu em Santa Maria da Feira.

Na mesma altura do jogo, o Festival Eurovisão da Canção atraía todos os ouvintes/espetadores/telespetadores pela diversidade musical que era ali, em Kiev, apresentada.

Portugal apresentava a música "Amar Pelos Dois", enquanto a Espanha cantava a "Do It For Your Lover". Numa comparação rápida, podemos dedicar a canção portuguesa à Onda Verde que se deslocou a mais um jogo fora de casa e que cantou (amou) pelo Sporting por todos os que estavam lá ou em casa. E o que os levava, numa noite fria, dia de mais um título do rival, no terceiro lugar e após um jogo tão mau frente ao Belenenses? Vamos usar a música espanhola e justificar este ato como feito pelo amor ao Sporting (Do It For Your Lover).

A verdade é que acompanhar o Sporting nos bons e maus momentos é já a historyja majho žyccia (história da minha vida, como cantava a Bielorrússia). E não só minha, é de todos os que amam o Sporting enquanto equipa e família e não apenas um plantel num determinado desporto. São aqueles que amam o Sporting e viajam para o Cazaquistão, onde o Sporting perdeu mais uma final europeia, para Gondomar, assistir a mais uma derrota frente ao rival no futsal, ou a mais uma larga vantagem "perdida" frente ao Porto em andebol.

Encontraram aqui a palavra chave? O apoio é e será sempre ao Sporting Clube de Portugal. O que me leva a regressar ao jogo frente ao Feirense.

No final da época é fácil criticar ou elogiar uma equipa consoante a classificação final, mas este jogo serviu também para mostrar o quão preparado está ou, neste caso, não está o plantel e o treinador para a próxima época.

Existem derrotas injustas, derrotas justas e jogos como estes, em que não sei como reagir. Se acreditava que o Sporting ia vencer? Sim. Se estava confiante que ia vencer? Sim. Se achava que também era possível o Sporting perder ou empatar? Pois.. sim, também.

Em campo é difícil (ou fácil em alguns casos) ver quem não está satisfeito com os resultados desta época e quer dar tudo para que o Sporting se volte a levantar. Porque está ali, no chão, estendido. Antes movido apenas pelo primeiro lugar na Bota de Ouro, sem pensar até que jornada conseguimos disputar o campeonato.

Regressando à Eurovisão, sou um grande fã da montagem da música do Salvador Sobral com o golo do Éder no Euro 2016. Então fez-me pensar, que música poderia ser colocada num resumo do jogo frente ao Feirense? A melodia da Norma John (Finlândia) com a triste Blackbird ou a Yodel It! da Roménia para representar o ridículo?

Já o disse muitas vezes esta época, "o Sporting vai aprender com o erro que cometeu nas transferências desta época", mas será que vai? Quando me falam em Piccini, dá-me um arrepio na espinha. O drama, o horror, a tragédia de ter dois Schelottos no plantel. O que levou uma direção a arriscar em jogadores que já não marcavam à meia época (Castaignos), jogadores que falharam sempre na Europa (André), ou pior, jogadores que já falharam cá (Elias)? Confesso que ainda acreditei no Elias, mas isso sou eu, enquanto adepto, que tento sempre imaginar o melhor cenário possível. Sobre a próxima época, Mattheus Oliveira e André Pinto poderão ser boas opções, mas não são jogadores para uma titularidade imediata (ou futura).

Agora diz-me, Sporting, como é suposto reagir quando dizem que esta é a pior época desde o sétimo lugar. Como é suposto reagir quando um peruano dedica, com ironia, o título ao presidente Bruno de Carvalho? Como é suposto reagir quando um treinador declara que a equipa está 90% focada num jogo e já 10% no seguinte? Como é suposto reagir quando já pedimos tão pouco e nada recebemos? Diz-me porque eu não sei, como é suposto reagir a esta derrota frente ao Feirense e a toda esta época em geral? Vá lá, ao menos o Salvador venceu.

terça-feira, 9 de maio de 2017

O Efeito Luís Martins


A duas jornadas do fim, o Sporting B garantiu, mais uma vez, a permanência na Segunda Liga.

Para os mais distraídos, a manutenção é algo normal mas, o cenário afigurou-se negro durante grande parte da época. Sob o comando de João de Deus, o Sporting encontrava-se no penúltimo lugar da classificação e numa série de 12 jogos sem ganhar.

Se, por vezes, as alterações na equipa técnica alteram positivamente os resultados da equipa, este foi um desses casos. Luís Martins regressava a um cargo de treinador principal com a missão de fazer a formação leonina regressar às vitórias e, ao principal objetivo, a manutenção.

Agora, após 8 vitórias, 3 empates e (apenas) 2 derrotas depois, o Sporting já respira melhor e já se vê futuro em alguns jogadores do plantel.
 

Com o crescimento da equipa, apareceu Gelson Dala. O avançado angolano tem sido um dos destaques e um dos elementos mais importantes desta mudança.

Com 12 golos em 16 jogos, poderá estar próximo de chegar ao plantel principal, numa altura em que a equipa já não tem objetivos ou possíveis subidas/descidas na classificação.


Este domingo, às 16h, o Sporting B recebe a Académica, para depois terminar a época frente ao Braga B.

p.s. Este artigo não tem qualquer intenção de demonstrar que, a existir qualquer culpa para os maus resultados, João de Deus fosse o principal culpado.

sábado, 29 de abril de 2017

Agora venha a final!

O Sporting chegava à Final Four como a única a não ter conquistado o troféu. Das quatro equipas em prova, o Sporting era a única que não era cabeça de série e defrontava, nas meias finais, o atual campeão em título, o Gazprom Ugra.

Amanhã será o jogo da (grande) final frente ao Inter Movistar, uma equipa que avança a cada passo dado por Ricardinho. O melhor jogador do Mundo de Futsal é cara já conhecida pelos portugueses mas, apesar disso, será muito difícil contrariá-lo.

Porém, o Sporting terá algo que o Inter não terá, a vontade de dar a todos os sportinguistas o único título que falta ao museu do clube. A formação espanhola é já uma presença regular na final e jogará com essa experiência.

Mas experiência também não falta ao Sporting. Apesar de regressar à final 6 anos depois, conta com já vencedores da competição, como Léo ou Marcão, e campeões europeus de seleções, como Fortino ou Alex Merlim.

O jogo de ontem servia também para mostrar do que o Sporting era capaz... e a equipa não falhou. Controlaram e venceram uma encontro muito complicado. Merlim e Dieguinho fizeram os golos:


A final é já no domingo, às 14:30h, na RTP 1 e Eurosport 2.

Tragam o caneco, leões!

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Pós-Jogo: Sporting 1-1 Benfica

O dia começou com uma tragédia difícil de se prever. Num confronto físico desnecessário entre claques em frente ao Estádio da Luz, um simpatizante italiano, Marco Ficini, perdeu a vida, vítima de atropelamento e fuga.
Este é um assunto que ainda tem muito por explicar e descobrir, mas não me quero alongar mais neste artigo. Recomendo apenas a leitura do último artigo publicado pelo Artista do Dia, onde apresenta uma das várias reações repugnantes que surgiam horas após o sucedido.
Quanto ao jogo em si, o onze inicial apresentava duas alterações na defesa, com destaque para o regresso de Paulo Oliveira. Substituiu (e bem!) Rúben Semedo e foi um dos jogadores com a exibição mais positiva.

Do outro lado, Cervi ocupou a vaga deixava por Jonas, que não recuperou a tempo do jogo, ficando fora dos convocados.

Foi um jogo pouco disputado e pouco atrativo. Uma arbitragem que quiser ser "mais inglesa" e acabou por ser mais criticada que apreciada. O critério era largo e pouco conciso. Faltas claras para os dois lados a não serem assinaladas, cartões por mostar e... um golo do empate vindo de uma falta inexistente.

Schelotto
Pegando já no assunto de faltas por assinalar, foi principalmente estranho como um penálti óbvio sobre Grimaldo não é assinalado. O lateral sportinguista ataca a bola de forma pouco precisa e acerta apenas no lateral espanhol. Na minha opinião, o único penálti por assinalar.
Se teve dificuldades na defesa (e que sorte teve em existir um jogador como Gelson a ajudar), ofensivamente não foi melhor. As várias corridas pela lateral sem qualquer conclusão foram constantes ao longo do encontro, para desespero dos adeptos.

Um defesa e meio
Paulo Oliveira entrou na partida e foi o elemento mais importante de uma defesa apagada. Coates teve os seus momentos mas a sua exibição não foi a melhor, comparando com o que tem vindo a fazer esta época.

Nas alas, a juntar a Schelotto, um Jefferson que mais parece o amigo que chamam à última da hora para preencher a vaga de alguém que não pode jogar. Mais uma exibição sofrível do brasileiro que parece já estar com dias contados para a saída.
William

Confesso que o local onde vi o jogo não me deixou ter muita atenção, mas o médio defensivo do Sporting pareceu o mais castigo por faltas inexistentes a serem assinaladas. Foi um dos jogadores que mais elogiei no final do jogo, mas parece que só a mim me agradou. O resultado não é o melhor, mas tentarei ver novamente o jogo e perceber se mudo ou não a minha opinião.
Gelson Martins

É unânime. Sportinguistas, benfiquistas e portistas estão rendidos a um jogador que parece ter caído do céu após a perda de um jogador como João Mário.

A um mês de fazer apenas 22 anos, o extremo foi o melhor jogador em campo e o único que parecia querer sair com a vitória. A equipa não conseguiu acompanhar o seu ritmo e o que ficam são apenas jogadas deliciosas... sem qualquer conclusão.
Essas conclusões devem-se, principalmente, a um trio ofensivo (Bruno César, Alan Ruiz e Bas Dost) muito apagado. O goleador holandês precipitou-se em vários lances e falhou duas oportunidades que não costuma falhar. Num jogo com tão pouco remates, teria sido decisivo um golo seu.
Empate com sabor a derrota no que respeita ao que falta para o fim do campeonato. Um vitória aproximaria o Sporting dos dois primeiros classificados e a esperança de uma classificação final melhor.