O
dia começou com uma tragédia difícil de se prever. Num confronto físico
desnecessário entre claques em frente ao Estádio da Luz, um
simpatizante italiano, Marco Ficini, perdeu a vida, vítima de
atropelamento e fuga.
Este
é um assunto que ainda tem muito por explicar e descobrir, mas não me
quero alongar mais neste artigo. Recomendo apenas a leitura do
último artigo publicado pelo Artista do Dia, onde apresenta uma das várias reações repugnantes que surgiam horas após o sucedido.
Quanto
ao jogo em si, o onze inicial apresentava duas alterações na defesa,
com destaque para o regresso de Paulo Oliveira. Substituiu (e bem!)
Rúben Semedo e foi um dos jogadores com a exibição mais positiva.
Do outro lado, Cervi ocupou a vaga deixava por Jonas, que não recuperou a tempo do jogo, ficando fora dos convocados.
Foi
um jogo pouco disputado e pouco atrativo. Uma arbitragem que quiser ser
"mais inglesa" e acabou por ser mais criticada que apreciada. O
critério era largo e pouco conciso. Faltas claras para os dois lados a
não serem assinaladas, cartões por mostar e... um golo do empate vindo
de uma falta inexistente.
Schelotto
Pegando
já no assunto de faltas por assinalar, foi principalmente estranho como
um penálti óbvio sobre Grimaldo não é assinalado. O lateral
sportinguista ataca a bola de forma pouco precisa e acerta apenas no
lateral espanhol. Na minha opinião, o único penálti por assinalar.
Se
teve dificuldades na defesa (e que sorte teve em existir um jogador
como Gelson a ajudar), ofensivamente não foi melhor. As várias corridas
pela lateral sem qualquer conclusão foram constantes ao longo do
encontro, para desespero dos adeptos.
Um defesa e meio
Paulo
Oliveira entrou na partida e foi o elemento mais importante de uma
defesa apagada. Coates teve os seus momentos mas a sua exibição não foi a
melhor, comparando com o que tem vindo a fazer esta época.
Nas
alas, a juntar a Schelotto, um Jefferson que mais parece o amigo que
chamam à última da hora para preencher a vaga de alguém que não pode
jogar. Mais uma exibição sofrível do brasileiro que parece já estar com
dias contados para a saída.
William
Confesso
que o local onde vi o jogo não me deixou ter muita atenção, mas o médio
defensivo do Sporting pareceu o mais castigo por faltas inexistentes a
serem assinaladas. Foi um dos jogadores que mais elogiei no final do
jogo, mas parece que só a mim me agradou. O resultado não é o melhor,
mas tentarei ver novamente o jogo e perceber se mudo ou não a minha
opinião.
Gelson Martins
É
unânime. Sportinguistas, benfiquistas e portistas estão rendidos a um
jogador que parece ter caído do céu após a perda de um jogador como João
Mário.
A
um mês de fazer apenas 22 anos, o extremo foi o melhor jogador em campo
e o único que parecia querer sair com a vitória. A equipa não conseguiu
acompanhar o seu ritmo e o que ficam são apenas jogadas deliciosas...
sem qualquer conclusão.
Essas
conclusões devem-se, principalmente, a um trio ofensivo (Bruno César,
Alan Ruiz e Bas Dost) muito apagado. O goleador holandês precipitou-se
em vários lances e falhou duas oportunidades que não costuma falhar. Num
jogo com tão pouco remates, teria sido decisivo um golo seu.
Empate
com sabor a derrota no que respeita ao que falta para o fim do
campeonato. Um vitória aproximaria o Sporting dos dois primeiros
classificados e a esperança de uma classificação final melhor.